De acordo com um estudo da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, estima-se que 7 em cada 10 portugueses sofram de dores nas costas. Esta situação, apesar de comum a tantas pessoas, apresenta muito mais consequências do que o óbvio desconforto pessoal.
Na verdade, as dores nas costas podem levar a abstinência laboral, bem como à total incapacidade para realizar atividades tão simples quanto brincar com crianças ou subir umas escadas, podendo originar inclusivamente situações de angústia e depressão, por não se saber lidar com a dor nem contornar o problema. Para estes casos, a osteopatia tem revelado resultados verdadeiramente surpreendentes e eficazes na resolução de dores musculares e articulares.
Quais são as vantagens da osteopatia?
A osteopatia foi estabelecida como sistema de medicina na segunda metade do século XIX, baseando desde então a sua intervenção no diagnóstico diferencial, no tratamento de patologias musculares e articulares e na prevenção destes problemas, sem qualquer recurso a fármacos ou procedimentos cirúrgicos. Totalmente centrada no paciente, a osteopatia implica que, numa consulta inicial, são sempre analisados a história clínica do paciente, a sua condição esquelético-muscular, a mobilidade do corpo, as áreas de fragilidade, bem como o seu estilo de vida.
A osteopatia baseia-se na manipulação, na massagem e na estimulação neuromuscular, o que faz com que – muitas vezes no final da primeira sessão – os pacientes sintam grandes mudanças na sua condição, com uma evidente redução das dores musculares ou articulares, bem como um elevado aumento da sua mobilidade.
Assim, a osteopatia trabalha sobre os vários tecidos (ósseo, conjuntivo e neural, entre outros), com o objetivo de criar integridade, liberdade e coordenação de movimentos, aumentando o fluxo sanguíneo, a drenagem de toxinas e o reequilíbrio de regulação dos tecidos. Este sistema permite então não só atenuar os sintomas, como ainda curar a maioria dos problemas de ordem muscular ou articular, apresentando alta eficácia em quem, de uma forma geral, sofre das comuns dores de costas.
Que problemas podem ser tratados pela osteopatia?
São muitas as situações em que a osteopatia é altamente recomendada. Os desportistas, por exemplo, procuram bastante este serviço para ultrapassar lesões, mas também para se manterem no auge da sua condição física – o que nem sempre é fácil quando o corpo e constantemente exposto a exercícios mais agressivos para a estrutura vertebral.
Mas, para além disso, a osteopatia é indicada em diversas outras situações:
- Patologias de nível cervical (cervicalgias, torcicolos, cefaleias, nevralgias cervicobraquiais (NBC), certas dores de ombro e de cotovelo, grande número de dorsalgias interescapulares);
- Patologias de nível dorsal (dorsalgias de origem dorsal, agudas, nevralgia intercostal);
- Patologias de nível lombar (lombalgias baixas de origem lombossacral ou dorsolombar, umbagos, ciáticas, cruralgias, certas dores na pelve e no joelho);
- Patologias de nível sacrococcígeo (coccigodinia ou, como é tradicionalmente conhecida, “dor no cóccix”).
Muitas vezes, uma simples mas constante dor de cabeça pode derivar de rigidez e tensão no pescoço, o que é facilmente resolvido pelo tratamento osteopático, tal como acontece com as tensões estruturais que se verificam durante e depois de uma gravidez. Tratam-se de situações simples, mas que podem gerar problemas e tensão nas costas, no pescoço, nos braços, nas mãos e nas pernas, pelo que a osteopatia se revela igualmente bastante eficaz nestes casos.
Assim, a osteopatia vai oferecer uma série de efeitos secundários positivos, como a redução de dores de cabeça, de costas, ombros e joelhos, contribuindo ainda para o bom funcionamento dos órgãos internos e para a fluidez neurológica.
Como se percebe, com a osteopatia é então possível reduzir os índices estimados de portugueses a sofrer de dores nas costas, com um tratamento não invasivo nem medicamentoso que acaba por ter consequências gerais bastante positivas para a nossa saúde muscular e articular.
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