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10 Estratégias para Cuidadores de Familiares com Doença de Alzheimer

9 de November de 2018 by ASSG Leave a Comment

10 Estratégias para Cuidadores de Familiares com Doença de Alzheimer

Receber o diagnóstico de Doença de Alzheimer causa um forte impacto no próprio doente e nos seus familiares, em grande medida justificado pelo facto de esta ser uma doença neurodegenerativa para a qual não existe cura e que se caracteriza pela progressão dos seus sintomas. A adaptação a esta nova realidade é portanto um processo gradual, que implica várias mudanças no estilo de vida do doente de Alzheimer e na do seu cuidador. 

doença de alzheimer

 

A pensar nos desafios e no desgaste físico e emocional que os cuidadores de familiares com a doença de Alzheimer enfrentam todos os dias, aqui ficam dez estratégias que devem colocar em prática.

 

1. Devo cuidar de mim

O primeiro passo para cuidar melhor do seu familiar com Doença de Alzheimer é tomar consciência de que necessita de cuidar de si. Se assegurar a sua saúde física e psicológica, estará a garantir uma melhor assistência ao seu familiar.

 

2. Devo planear o meu dia

As frequentes perdas de memória e consequentes situações de desorientação espacial e temporal causadas pela Doença de Alzheimer requerem a existência de uma rotina. Ao fazê-lo, o cuidador dá ao seu familiar uma sensação de protecção e de segurança, ao manter horários fixos para a realização das actividades de vida diária (como por exemplo para a alimentação e higiene). Para além disso, permite também ao cuidador gerir de forma mais eficiente o seu tempo e energia.

 

3. Devo viver um dia de cada vez

Esta estratégia reforça a importância de pensar apenas no dia presente e nos desafios que enfrenta hoje, ajudando os cuidadores a concentrar as suas energias no que é prioritário a curto prazo. Esta estratégia possibilita uma diminuição da sensação de sobrecarga, ajudando os cuidadores a manterem a objectividade em relação às suas tarefas e afazeres.

 

4. Devo aceitar a ajuda de outras pessoas

Não deve tentar ser o único responsável pelo doente de Alzheimer, pois tal conduzirá à sua sobrecarga e esgotamento físico e mental, fazendo com que não consiga prestar ao seu familiar os cuidados de que este necessita. O primeiro passo para ser ajudado é pedir ajuda, portanto não encare o pedido de ajuda como uma fraqueza e faça um esforço por delegar actividades e tarefas.

 

5. Devo manter o sentido de humor

O sentido de humor pode ajudar os cuidadores a lidar com situações difíceis. Implica ser suficientemente objectivo para reconhecer alguma ironia em situações que, de outra forma, seriam dolorosas ou constrangedoras.

 

6. Devo lembrar-me de que os comportamentos e emoções de meu familiar são distorcidos pela doença de Alzheimer

A ausência de controlo sobre o comportamento da pessoa com Doença de Alzheimer é um dos factores que mais sobrecarga gera nos cuidadores. Estes doentes apresentam com frequência alterações comportamentais que podem adquirir formas distintas: depressão, ansiedade, rejeição do cuidador, deambulação ou insultos, entre outros. Naturalmente, estes comportamentos desencadeiam no cuidador uma sobrecarga emocional que se pode traduzir em irritação, desânimo, isolamento social e perda da auto-estima.

Nestas situações, os cuidadores podem acreditar que as alterações comportamentais resultantes da demência são dirigidas a eles, de modo pessoal. No entanto, deverá tentar desconstruir esta crença, lembrando-se que os comportamentos e o humor do seu familiar são influenciados pela doença de Alzheimer.

 

7. Devo desfrutar daquilo que o meu familiar ainda consegue fazer

Deve realizar actividades gratificantes em conjunto com o seu familiar (como por exemplo, escutarem música juntos, passearem, visitarem amigos ou verem fotografias de família).

Aproveitar os bons momentos é uma estratégia que os cuidadores podem (e devem!) adoptar para ajudá-los a superar as dificuldades actuais. Simultaneamente, permite reduzir a sobrecarga do cuidador e aumentar a auto-estima do doente de Alzheimer.

 

8. Devo manter uma rede social de suporte

À medida que a demência progride, o doente estará cada vez menos disponível para o cuidador. Por isso mesmo, e porque é fundamental que se mantenham as relações que nos são gratificantes, os cuidadores devem manter-se próximos da família e dos amigos pois estes asseguram uma fonte inesgotável de empatia, compreensão e apoio emocional.

 

9. Devo lembrar-me de que estou a fazer o melhor que sei

É importante que os cuidadores percebam que nem sempre é possível lidar com cada desafio de forma perfeita e exemplar, sendo capazes de reconhecer as suas limitações, pois tal permitir-lhe-á iniciar um processo de auto-aceitação e de auto-valorização.

 

10. Devo promover a autonomia do meu familiar

Um dos seus objectivos deve ser sempre o de que o seu familiar mantenha o maior nível de autonomia possível. Se, enquanto cuidador, aceder a todos os pedidos do doente com Alzheimer e fizer tudo por ele sem ter em consideração se ele é ou não capaz de o fazer sozinho, poderá estar a comprometer a sua autonomia. Neste sentido, se a sua ajuda for excessiva, é provável que as competências funcionais (como por exemplo, vestir-se, colocar a mesa, pentear-se, etc.) que o seu familiar ainda preserva sejam perdidas por este deixar de as utilizar.

 

Em suma, o seu grande desafio como cuidador de um familiar com Doença de Alzheimer é desenvolver um ambiente capacitador, que assente em rotinas e que minimize as suas alterações comportamentais. 

E lembre-se que cuidadores bem informados e com uma boa preparação psicológica prestarão melhores cuidados ao doente!

Filed Under: Ensino Tagged With: actividades de vida diária, Alzheimer, autonomia, cérebro, cognição, cuidador, cuidadores, declínio cognitivo, demência, distúrbios de comportamento, doença de Alzheimer, doenças neurodegenerativas, envelhecimento, idosos, medicina, perda de memória, Psicologia, qualidade de vida, saúde, Síndrome de Burnout, sintomas demenciais, sobrecarga, terceira idade

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