O Mito e a Realidade
A maioria das Empresas vangloriam-se de ter uma força de trabalho jovem ou lamentam-se do oposto.
Para os empregadores os trabalhadores mais jovens são menos dispendiosos, mais inovadores, mais criativos, abertos a novas ideias e por conseguinte, denotam um melhor desempenho.
O resultado que advém da mentalidade destes empregadores, é a enorme dificuldade de uma pessoa com mais idade alcançar trabalho.
É estranho; porque do que as empresas necessitam são de pessoas com maturidade, com uma enorme ética de trabalho, menor absentismo, maior responsabilidade, e menos propensos a mudar de empresa porque é inato a um trabalhador não recém licenciado (nem todos) ser(em) menos leal aos empregadores, podendo os adultos serem mais a ter trabalho, e melhores activos do que colaboradores mais jovens.
O que é ter experiência?
É estar perfeitamente apto para coordenar e gerir autonomamente as suas funções?
Ninguém tem experiência, sem ser dada e ensinada não propriamente nas Faculdades, mas sim pelas Pessoas que já estão como “raízes” nas empresas cujos empregadores são capazes de ensinar e explicar o que existe de novo, e orientar eficazmente o estagiário ou um funcionário ávido pelo saber.
Pois ninguém nasce ensinado, e todos os dias as Pessoas conhecem e ficam a conhecer mais e novas realidades. Todos os Dias!
Não existirá um preconceito no pensar destes empregadores?
Isto é catastrófico e limitador, porque estes empregadores causam implicações negativas na motivação dos adultos e na sua saúde física e até mental.
É preciso Dizer o que se Pensa!
Existe a necessidade de a Pessoa se afirmar e quando se sente defraudada falar e responder categoricamente, mas nunca, nunca, ficar calada perante as injustiças dos empregadores ou de quem quer que seja.
Atestados de menoridade
Há mais de uma dezena de anos, que levamos a cabo eventos formativos “encomendados” por empresas que pretendem incrementar o capital humano dos seus “quadros” – e porquê dos seus “quadros”?! e para quê?!
Mais uma vez os jovenzinhos?
A primeira ideia e é o que é; é que estes empregadores o que pretendem é rentabilizar o seu investimento realizado em formações, para nem sequer os captarem “mandando-os” embora como se fossem “trash”, e assim terem lucro à custa da formação ilusória.
Os empregadores desconfiam dos adultos, porque sentem-se temidos por estes serem melhores e capazes de serem assertivos e que lhes “tirem” o lugar que lhes é cativo.
Existe uma imensa ignorância e segregação destes empregadores.
A transferência de conhecimentos entre gerações é prejudicada, e numa Sociedade que é sempre tão aberta para tanta coisa, é tão limitativa para os adultos, que são estes também o estandarte da nossa Sociedade.
Os adultos não querem trabalhar?
Claro que querem, passando a redundância do que foi dito anteriormente, quem não os deixa trabalhar são as organizações, que são discriminatórias e algumas delas regem-se por conceitos “fraudulentos” nos modos de empregabilidade vigorando impunemente os seus anúncios de empregabilidade.
Os adultos, têm receio da mudança?
Claro que não. E parafraseando o que disse anteriormente, seria muito positivo para as organizações captarem estas Pessoas porque estas ao serem leais para com o seu Superior não tenderão a mudarem de Empresa.
Os mais adultos denotam pior desempenho?
Claro que não!
Os seus conhecimentos, as suas competências e sabedoria são uma mais valia para as organizações do mundo moderno.
A inteligência emocional é absorvida com o passar dos anos, tornam-se mais leais, fiáveis e consequentemente desenvolvem melhores relacionamentos com os clientes.
O pior desempenho, só poderá advir da desmotivação ao serem descriminados com trabalhos rotineiros e pouco aliciantes.
Os custos salariais com os adultos são mais dispendiosos?
O mito assenta na ideia de que a antiguidade é remunerada, e, por conseguinte se repercute nos salários.
Algumas investigações, afirmam após estudos realizados por estas, que é a experiência que se repercute na compensação e não a antiguidade na empresa.
Ao afastarem trabalhadores maduros as organizações nem se apercebem que é o capital de experiência que perdem.
Perdem, também o capital social que poderia advir do seu desempenho e o conhecimento tácito que resulta das redes de relacionamento que são desenvolvidas durante longo tempo na organização.
São menos absentistas e sofrem menos acidentes de trabalho, daí os custos a despender da empresa serem menores.
O virar para um novo paradigma
Gerir os mais maduros de modo mais equilibrado e inteligente, é, pois um imperativo.
Aliás os tempos em que nos situamos são bons conselheiros para que esta atitude seja tomada.
O tempo vai-se encarregando de mostrar que precisamos de trabalhar durante mais tempo, estando muitos colaboradores receptivos e aceitando com naturalidade este desafio com muita naturalidade.
Há que estar atento e actualizado às mudanças constantes da Sociedade.
Há que arriscar na mudança. Não quer trabalhar?
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