Vivemos cada vez mais dependentes da Tecnologia. À velocidade a que estão a ser concebidas as APP para todo os fins, qualquer dia teremos uma APP no telemóvel para abrir a porta de casa, a porta do carro, até o nosso pensamento. Não haverá quem tenha saudades do tempo em que não havia telemóveis, em que se enviavam telegramas, em que se escreviam cartas, postais, e se comunicava frontalmente , sem redes sociais, sem mensagens de telemóvel, sem hipertexto? Existe um nicho de resistentes, quer aos telemóveis, quer às redes sociais. Justificam esta resistência pelo facto de não sentirem necessidade, por serem felizes sem tecnologia.
O lado bom da Tecnologia
Se Aldous Huxley fosse vivo veria que o seu “Admirável Mundo Novo” se concretizou, da melhor e da pior maneira.
O lado bom da Tecnologia poderá ser a Nano-Tecnologia que permite incrivelmente, por meio de investigação e consequente implementação, salvar vidas e dar esperanças. Poderá ser também o desenvolvimento dos sistemas informáticos com aplicações em todas as áreas de investigação e desenvolvimento.
A Tecnologia apresenta, contudo, um lado menos positivo, o da ilusão digital e do anti-social. Se, aparentemente, os telemóveis ou os tablets, permitem maior comunicação falada ou escrita, se comportam múltipla tecnologia audio, vídeo, etc, de modo permanente, comportam paradoxalmente a ideia de que se está muito acompanhado, por amigos/conhecidos virtuais nas redes sociais, criando uma ilusão digital, e , ao mesmo tempo, levam a que cada um viva cada vez mais no seu “casulo” e se torne anti-social, um eremita dos tempos modernos.
Refugiados nesta ilusão digital muitos recusam-se a comunicar diretamente com os outros, cara a cara, estabelecendo os laços sociais normais, os laços sociais do “admirável mundo velho”. E, se muitos vêem as redes sociais como uma forma prática para conhecerem pessoas que poderão ser amigos ou não, gerindo melhor os dois mundos, os do “casulo” viverão cada vez mais no mundo do hipertexto.
Portanto, mandem cartas ou postais e bebam cafés reais com os amigos, com quem amam, tentando conjugar o melhor dos dois mundos, mas nunca esquecendo que somos muito melhores, acompanhados pelos que verdadeiramente importam na nossa vida, mesmo que sejam poucos e nada virtuais.
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