
Saudades, quem já não as sentiu? Um sentimento que invade o nosso coração e aperta deixando uma sensação forte e incontrolável. As saudades muitas vezes escorrem-nos pelos olhos, isso acontece quando nos sentimos afundados num sentimento profundo de saudade. A melhor forma de aliviar um pouco essa sensação é chorando a ausência de alguém.
As saudades podem nos fazer chorar, mas também sorrir, as saudades levam-nos relembrar, a viver mentalmente o que já não está presente, vivenciar de novo no pensamento o que ficou e o que nos marcou.
As saudades são a memória que guardamos de algo passado, algo que não volta mais, algo que ficou lá trás e que ainda hoje mexe connosco, são elas que constituem a base do gosto por algo ou alguém.
Podemos sentir saudades, de ínfimas coisas, podendo ser do amor, de uma amizade, de alguém ausente, do cheiro de uma pessoa, do sorriso, da voz, da expressão ou do olhar. Podemos sentir também saudades de alguém que partiu e que sabemos que nunca mais a poderemos ver na nossa vida.
Tudo o que vivemos na vida fica guardado na nossa mente, tanto por razões más como boas, até mesmo quando queremos apagar certos momentos eles ficam, marcando o modo como percepcionamos tudo o que nos rodeia.
O tempo passa e deixamos para trás um enorme conjunto de momentos bons e pessoas extraordinárias, mas também, temos a vantagem de deixar e esquecer aquilo que só nos fez mal e magoou.
Mas acima de tudo, ficamos com saudades daqueles que tinham um espaço de destaque na nossa vida, aqueles que partiram sem dizer nada e aqueles que simplesmente desapareceram por entre os segundos da vida. As Saudades, são difíceis de encarar, difíceis de aguentar, embora as tenhamos de ultrapassar e com elas saber erguer a cabeça, porque amanhã é um novo dia e temos de o enfrentar.
Existem dois tipos de saudades, as que são possíveis de resolver e as que ficam para todo o sempre no nosso coração.
Tristes são aquelas que no silêncio surgem e nos fazem pensar em toda a nossa vida, aquelas que nos levam a um sentimento intenso sem hora de final. Estas dizem respeito às saudades de alguém que não volta mais, pessoas de que por mais que custe temos a certeza de que nunca mais iremos ouvir a voz, sentir a pele, segurar-lhes a mão, dar gargalhadas, chorar, correr, aproveitar a vida, aquelas em que só nos resta a memória nossa e dessa mesma pessoa.
Muitos partem cedo demais, vão embora antes de nós e o que dói mais do que a saudade é o sentimento de que quando partiram deixaram um vazio imenso. Ao partirem fazem-nos questionar o que realmente andamos nós a fazer aqui, se realmente vale a pena percorrer um caminho tão longo e cheio de obstáculos onde a última paragem e o único destino é a morte. Na vida apenas temos a certeza desse destino, mas até nessa situação nos deparamos com a incerteza de para quando está marcada essa nossa última paragem.

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