Imaginem-se no seguinte cenário: um vizinho com quatro cães: o latir, o ganir, o ladrar,… Parece ser normal para quem aprecia, gosta, adora, ama esse animal de quatro patas domesticado pelo Homem. – Que lindo! Que maravilha! Quem é o melhor amigo do Homem? – É o cão!
O discurso difere quando há quem estima que o Homem não pode ser comparado com o cão, nem com outro qualquer outro animal. – Que horror! Que absurdo! Quem é o melhor amigo do homem? – É a mulher!
Quem é que não se lembra do Hachiko?
“Um cão da raça Akita nascido em 10 de novembro de 1923 na cidade de Ōdate, na Prefeitura de Akita. É lembrado por sua lealdade a seu dono, que perdurou mesmo após a morte deste.”
Quem é que não se lembra do filme com o Hachiko?
Com o belíssimo e sensual ator Richard Gere -“”Hachi: A Dog”s Tale” – em Portugal com o título “Hachiko – Amigo para Sempre” é um filme para ser visto e revisto; chorar baba e ranho pela extraordinária amizade entre um homem e um cão mesmo quem não goste de cães. É impossível ficar indiferente à humanização do cão neste filme. Talvez exagerada? Quiça realista?
Ao ler a sinopse do filme há referência ao amor – será que li bem? Nem vou discutir às cegas com a pessoa que escreveu o resumo do filme. Amor? Fiz uma revisão, diagonal, da palavra – amor -. Os seus significados são abrangentes, sem dúvida. Não os vou aqui expor; quem é que não os sabe? E por não querer perder o fio à meada, volto aos quatro cães; o seu vizinho. Imagine. Não é um cão. Nem dois. Muito menos três. Isso é pouco. São quatro cães. Importa o tamanho? São todos de diferentes tamanho? E as raças? Ah! Isso não sei dizer: sou incapaz de reconhecer raças como os símbolos de marcas de automóveis ou até marcas caríssimas de roupa ou sapatos. Que importa? Não são cães? Ou será que há alguma diferença no cheiro do excremento que fazia várias vezes ao dia?
É disso que se trata – porcaria, sujidade, bodega, entre outros nomes mais delicados e politicamente corretos, e simplesmente, chamar pelo nome correto substância resultante do processo de digestão, pode ou não se encontrar em estado sólido, normalmente de coloração castanha, com diversas variações – MERDA!
Será que os donos de cães dão-se conta o quanto os seus vizinhos são aprisionados no aroma dessa tão vil palavra? Será que os donos de cães sabem que existe no mercado, algo chamado, tecnicamente, o hipoclorito de sódio, e tão eficazmente usado pelas donas de casa que gostam de manter limpas e desinfetadas as suas casas – a lixívia?
É uma triste realidade essa de viver com um vizinho com quatro cães, e logo pela manhã, pela tarde, pela noite, a qualquer hora do dia, levar com o cheiro à merda e não só, e não cheirar o tão inapreciado cheiro, e agora, perfumado, das modernas lixívias.
Quando é que tenho o direito à minha liberdade?
Será que, oferecendo ao meu vizinho com quatro cães para o Natal litros de hipoclorito de sódio, ele vai entender que eu tenho direito à liberdade de não ter que cheirar a matéria sólida ou líquida evacuada do corpo pelo orifício na parte final do reto dos seus quatro queridos cães que ele considera ser os seus melhores amigos?
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