A fitorremediação é uma solução amiga do ambiente que continua a ser investigada como alternativa à constante agressão do ecossistema. Vamos saber como.
Ao que temos vindo a assistir
Produtos tóxicos, introdução de numerosos poluentes cujos efeitos finais, na biosfera e na saúde humana em particular, continuam desconhecidos – é o que temos vindo a assistir de há meio século para cá.
Soluções e abordagens economicamente viáveis para a recuperação de áreas poluídas e para a conservação da biodiversidade, como a formação de áreas protegidas como parques e reservas da natureza (como um reservatório de espécies animais e vegetais para recompor os ecossistemas originais que foram degradados), fazem parte – obviamente – das preocupações de todos os governos.
Outra eventual solução passa pela regeneração propriamente dita da região degradada pela agricultura e indústria, por forma a reduzir a pressão antrópica para uma maior conversão do habitat natural.
Os agrotóxicos
A poluição que afecta o planeta é hoje um grande motivo de discussão: muitos poluentes possuem utilidades não dispensáveis, como os agrotóxicos. Estes, assim como outros poluentes, possuem características bastante preocupantes devido à sua persistência no solo, na água e nos alimentos.
Estão por todo o lado e a procura de alternativas para despoluir áreas contaminadas por diferentes compostos é acompanhada pela investigação de técnicas que apresentem eficiência na descontaminação, simplicidade na execução, menor tempo gasto no processo e menor custo. Nesse contexto, aumenta o interesse pela utilização da biorremediação.
A Biorremediação
caracteriza-se como uma técnica que tem como finalidade descontaminar o solo e a água por meio da utilização de organismos vivos, como microrganismos e plantas. Dentro da biorremediação, a fitorremediação é uma das técnicas – que envolve o emprego de plantas e de amenizantes (correctivos, fertilizantes, matéria orgânica etc.) do solo, além de práticas agronómicas que, se aplicadas em conjunto, removem, imobilizam ou tornam os contaminantes inofensivos para o ecossistema – mais investigadas.
Fitorremediação
A técnica de fitorremediação em áreas poluídas é bastante útil para o meio ambiente devido à utilização de plantas específicas com o objectivo de amenizar, ou até mesmo despoluir totalmente, as áreas contaminadas.
Para tal é necessária a utilização de plantas que possuam determinadas características como uma boa capacidade de absorção, um sistema radicular profundo, uma acelerada taxa de crescimento, serem de fácil colheita e também que apresentem uma grande resistência ao poluente.
No entanto, os solos contaminados apresentam algumas limitações à fitorremediação por serem, tantas vezes, tóxicos às plantas – principalmente onde ocorrem misturas de poluentes, o que dificulta a selecção de plantas resistentes e passíveis de realizarem fitorremediação para este conjunto de compostos.
Limitações e adversidade à parte, interessa mesmo que continuem as investigações sobre esta alternativa tão vantajosa para a descontaminação dos solos e águas.
DEIXE UM COMENTÁRIO