E se os bolseiros de investigação revindicassem por um apoio maior à investigação & desenvolvimento em Portugal? Foi o que fizeram, em aberta aberta ao Ministério da Educação e Ciência, em defesa da ciência. Esta é uma informação adiantada pelo site Lusa.
Em defesa da ciência em Portugal é como se chama a carta aberta dos bolseiros de investigação ao Ministério da Educação e Ciência: investir em investigação & desenvolvimento é preciso
É uma carta aberta a ser enviada ao Ministério da Educação e Ciência pela Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) “Em Defesa da Ciência em Portugal”, isto é, contra a precariedade laboral dos investigadores e pelo investimento em investigação & desenvolvimento.
I&D, a sigla que corresponde ao conceito de investigação & desenvolvimento pretende designar isso mesmo: um conceito onde se insere um conjunto de actividades ou trabalhos criativos executados de forma sistemática e com vista ao aumento dos conhecimentos humanos, bem como à utilização desses mesmos conhecimentos em novas aplicações.
Trata-se de ciência ao serviço do desenvolvimento, aquilo que é condição imprescindível ao futuro. Mas no presente, já que os bolseiros de investigação precisam – em dedicação exclusiva à ciência – de viver.
Refira-se que no conceito de I&D cabem três categorias de actividade: a investigação fundamental que consiste em trabalhos, experimentais ou teóricos, empreendidos com o objectivo de obtenção de novos conhecimentos científicos sobre os fundamentos de fenómenos e factos observáveis – e sem o objectivo específico de aplicação prática; a investigação aplicada que consiste em trabalhos originais, também efectuados com vista à aquisição de novos conhecimentos, porém com uma finalidade ou um objectivo pré-determinados; o desenvolvimento experimental que consiste na utilização sistemática de conhecimentos existentes, obtidos por investigação e/ou experiência prática, com vista à fabricação de novos materiais, produtos ou dispositivos – assim como à instalação de novos processos, sistemas ou serviços ou, ainda, à melhoria significativa dos já existentes.
Carta aberta, um documento, subscrito por mais de mil pessoas, foi enviado pelos bolseiros de investigação também para a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves
Estamos com a jornada europeia contra os cortes na ciência à porta, assim como o orçamento de estado 2015, a altura ideal para protestos. Porque a carta aberta dos bolseiros de investigação mais não é do que um “apelo ao reconhecimento da importância da qualificação e estabilização dos recursos humanos na investigação científica e na dignificação das suas condições de trabalho, tal como é preconizado pela Carta Europeia do Investigador”. Em causa está, como refere o vice-presidente da ABIC João Pedro Ferreira, “mais investimento para a ciência e maior estabilidade laboral para os bolseiros”.
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