A caixa de velocidades, responsável por transmitir a velocidade e o binário necessário para pôr o automóvel em movimento, deve ser entendida como uma parte integrante de um conjunto muito mais complexo. No entanto, veja bem, é a caixa de velocidades que promove a ligação entre o motor e as rodas motrizes do veículo. Que engenho!
Um sistema complexo
É o a que pertence a caixa de velocidades – a par da embraiagem ou do conversor de binário, do diferencial, de engrenagens e outros sistemas que estabelecem a tal ligação que, apesar de nos nossos dias já lidarmos com caixas de velocidades de fácil utilização, silenciosas e, muitas vezes, totalmente automáticas, tornando a condução ainda mais facilitada, tem vindo a sofrer constantes evoluções. Terá sido complicado para a indústria automóvel desenvolver mecanismos que fornecessem a força às rodas motrizes conforme as necessidades do automóvel no momento: um arranque, uma subida, uma condução lenta ou rápida. Terão, então, os sistemas de transmissão, tomado a direcção do desenvolvimento para dois sentidos distintos: as transmissões manuais e as transmissões automáticas.
As transmissões manuais e automáticas
são as que precisam da intervenção do condutor ao nível da caixa de velocidades (na escolha da relação) e da embraiagem (no controlo do “engate” e “desengate”) por forma ao usufruto pleno do motor. Já nos sistemas de transmissão automáticos essa intervenção é reduzida ao mínimo, sendo o próprio sistema responsável pela escolha da relação mais conveniente em cada momento, dependendo das condições de utilização ou dos programas previamente seleccionados pelo condutor.
A caixa de velocidades automática
Em Portugal, apenas uma pequena parte do parque automóvel utiliza a caixa de velocidades automática – e isto apesar das enormes vantagens em comparação com uma transmissão manual tradicional, nomeadamente na facilidade de condução no dia a dia.
A embraiagem é substituída por um conversor de binário hidráulico, cujo papel é transmitir a força do motor. Existem dois pedais, o do acelerador e do travão, em vez dos três habituais. A alavanca de velocidades é apresentada, por sua vez, com as letras P para Park, o R para a Marcha atrás, o N para o Neutro e Drive D na maioria dos automóveis. As caixas automáticas mais recentes são sequenciais para que o condutor tenha a opção de acesso a todas as velocidades com a M do programa para manual. Neste caso, o condutor limita-se apenas a carregar na alavanca da engrenagem para avançar para o próximo nível ou para baixo. Também acontece alguns automóveis, condução mais desportiva, habitualmente fazerem circuitos urbanos com a letra S para Sport.
O programa Parque, é utilizado para bloquear a transmissão quando o veículo está parado e estacionado. Este programa não é recomendado caso estacione na cidade pelo simples motivo de danificar a caixa de velocidades no caso de um embate. Neste caso, é melhor deixar o seu veículo do programa N.
E para avançar?
Para avançar, o programa deve ser definido como D, o veículo vai começar a andar logo que o condutor soltar o pedal do travão. O condutor deve apenas pressionar o acelerador para ganhar velocidade. O veículo será responsável pela mudança de velocidade, adequando a relação às condições e tendo em conta o pedal do acelerador, rotação do motor, velocidade do veículo e o binário transmitido. Kick-down é uma técnica que permite ultrapassagens, forçando o veículo a downshift abruptamente através da pressão cheia de força no pedal do acelerador – o que requer atenção.
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