Trabalhar no estrangeiro já começou a ser uma alternativa frequente para os portugueses que vêem na saída do país a solução para tamanha ausência ou precariedade no trabalho que por cá se pratica. No entanto há propostas que, por mais aliciantes que sejam, requerem – tal como refere o site Notícias ao Minuto – alguns cuidados.
Está a pensar ir trabalhar no estrangeiro? Cuidado com os charlatões, nem todas as propostas podem ser sérias e confiáveis…
Andar à procura de emprego no estrangeiro passou a ser o dia a dia de muitos portugueses que vivem sem acesso ao emprego ou trabalham em condições completamente precárias sem contrato de trabalho e/ou que são pagos para trabalhar muito por um valor tão baixo que de longe lhes assegura uma qualidade mínima de vida. Pode acontecer, entre tantos anúncios a que responde, receber um e-mail com uma proposta aliciante. Mas será mesmo assim?
A primeira precaução a ter diz respeito à abordagem inicial da suposta entidade patronal – lamentavelmente são já muitos os casos em que são pedidos dados sobre cartões de crédito ou outros pagamentos.
Se for o caso, a ideia de trabalhar no estrangeiro com essa empresa deverá ser colocada de parte e um procedimento imediato de segurança e também de alerta será denunciar a situação neste site ou neste. Trata-se de um procedimento recomendado pela Secretaria de Estado das Comunidades (SEC).
Estudar a empresa, nomeadamente a sua constituição legal, os licenciamentos e a reputação no mercado, é igualmente uma forma de prevenir dissabores caso vá mesmo trabalhar no estrangeiro. Poderá obter toda a informação junto de serviços públicos de emprego no país de destino e, também, nos jornais estrangeiros.
Arranjou emprego no estrangeiro: está mesmo tudo bem com o contrato de trabalho?
Está mesmo de partida e sabe que vai assinar contrato para trabalhar no estrangeiro. Excelente! No entanto, preste especial atenção a tudo o que lá diz – e principalmente ao que não diz. Veja bem as folgas e a duração da jornada de trabalho – assim como o salário que vai auferir com base no ordenado mínimo nacional ou sectorial.
Outra coisa importante diz respeito aos direitos que terá a nível de protecção social e de seguro de trabalho.
Também pode acontecer trabalhar cá e a sua empresa querer destacá-lo para o estrangeiro. Nesse caso tenha em conta que a informação tem de ser comunicada à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e assegure-se de que passará a ter direito às mesmas condições de trabalho, caso sejam favoráveis, dos funcionários do país de destino.
Outra informação muito, imensamente, importante é saber se a sua profissão é ou não regulamentada se for trabalhar no estrangeiro já que poderá precisar de documentos importantes que podem demorar meses a serem tratados.
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