Das raízes da religião
O Judaísmo é a religião, entre as três grandes monoteístas do mundo, mais antiga – terá sido do seu seio que nasceu o Cristianismo e que o Islamismo adoptou vários elementos reconhecendo Abraão e Moisés como profetas.
Mas interessante mesmo é falar da religião budista, que abarca uma história com cerca de 2500 anos e hoje com maior disseminação – talvez por se tratar de uma religião com perspectivas místicas e filosóficas bastante aprofundadas, ao contrário do cristianismo e judaísmo, o Budismo não é anti-intelectual. E da igreja, cristianismo institucionalizado, o que dizer? Nada, vou dizer nada.
Em que acreditam os budistas?
O importante mesmo é dedicarmo-nos, aqui e agora, ao que é urgente e concreto – chamemos antes de mais o médico e só depois o cientista forense, sim? É, de facto, esta atitude tão pragmática que faz da religião budista – ao contrário do cristianismo e do judaísmo – tão interessante e particular. Ser e fazer, e não acreditar e pensar, constitui o interesse primeiro e o caminho para a sabedoria e felicidade.
Como descobrir se o budismo funciona?
Cristianismo e Judaísmo dificilmente se conseguem colocar à prova na vida quotidiana – vivem de teorias e julgamentos, de céus e infernos, de culpas e medos. No budismo o universo não é permanente, tudo se encontra em estado de fluxo.
E não é assim a vida e o universo quotidiano? Todos possuímos um conjunto de assuntos com que temos de lidar – alguns relativamente fáceis de resolver mas outros com uma dificuldade imensa. E como fazemos? Consideramos, pois, os problemas e as dificuldades com diligência e forte sentido de urgência.
Tu, eu, agentes morais responsáveis
Não há cá atirar a culpa para as costas de Deus, como se afirma a religião do cristianismo e do judaísmo, mas analisar o comportamento humano.
Buda analisou o comportamento humano da mesma maneira que fazem hoje os psicólogos: identificando razões, motivos e impulsos que dão forma às nossas percepções e que nos levam a responder de uma forma específica.
Podemos mesmo dizer que a religião budista encara os seres humanos como verbos e não como substantivos.
Porque sofremos?
Sofremos por não compreendermos totalmente as implicações do que significa ser humano em um mundo em mudança: agarramo-nos a certos sentimentos que nos dão prazer e queremos mantê-los para sempre. Aqui no Ocidente e Médio Oriente – origem do cristianismo, judaísmo e islamismo -, o tempo é tido como linear, aquela sequência de acontecimentos distintos com princípio, meio e fim. – até o universo tem um momento de criação.
Já no Oriente o tempo é assumido como padronizado, cíclico, e os budistas não precisam de um Deus qualquer para explicar a origem do universo. Muito mais, imensamente mais, haveria a dizer. Deixo, por isso, informação útil.
Gama alargada de recursos sobre os ensinamentos: www.accesstoinsight.org;
Artigos académicos, The Journal of Buddist Ethics: www.gold.ac.ok;
Association for Buddhist Studies: http://www.sunderland.ac.uk
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