Todos os anos, na mesma data, o ritual repete-se: bolo de anos, velas, cantar os parabéns, amigos e familiares, presentes. Algo tão habitual que nem nos perguntamos porque replicamos, a cada ano, estes costumes. As festas de aniversário são sempre motivo de alegria e são acontecimentos relativamente frequentes nas nossas vidas porque, para além de nós próprios, há sempre um amigo, um colega ou um familiar que faz anos.
São aquelas datas que tentamos a todo custo não esquecer (uns com mais sucesso que outros porque a memória nem sempre é infalível), pois sabemos como são importantes para os aniversariantes.
Mas, afinal, porque organizamos festas de aniversário? Já se perguntou porque há sempre um bolo com velas para soprar?
Do porquê das festas à origem das festas de aniversário
As teorias que explicam as festas consideram-nas como um retorno às origens, servindo para recordar e dar sentido à existência (no fundo servem para sair um pouco da rotina do dia-a-dia). Através da festa celebra-se a vida e reforçam-se elos sociais e a própria identidade. No caso particular das festas de aniversário, esse regresso às origens é fácil de entender: basta vermos que a origem da palavra aniversário vem do latim anniversarius, que significa “que volta, acontece todos os anos”. Trata-se, por isso, de um ritual repetido todos os anos para recordar uma data importante do passado.
Sabe-se que as festas para celebrar o aniversário têm origens mágicas e religiosas, apesar de no caso do Cristianismo estas terem passado a ser aceites apenas no século IV, quando se começou a comemorar o nascimento de Cristo. Contudo, as primeiras festas de anos remontam aos tempos do Antigo Egito. Inicialmente, os aniversários eram apenas reservados às pessoas mais importantes e aos deuses, mas com o tempo esse costume passou a ser alargado a todas as pessoas.
Rituais desvendados
Certos costumes, ainda hoje utilizados nas festas de aniversário, têm origens muito antigas. Por exemplo, o bolo de anos e as velas tiveram início com os gregos, que faziam bolos redondos como a lua, iluminados com velas, em homenagem à deusa Artémis. As velas estão associadas a poderes mágicos e à satisfação de pedidos: por isso ainda hoje se trinca a vela para pedir um desejo. Já o facto de estarmos rodeados dos nossos amigos e familiares, que nos felicitam com desejos de “Parabéns” e “Muitas felicidades”, tinha como objetivo inicial proteger o aniversariante dos espíritos maus e atrair os espíritos bons.
Cantar os parabéns é mais um modo de felicitar a pessoa que faz anos. Acreditava-se também que receber presentes daria uma protecção ainda maior contra os maus espíritos, bem como fazer uma refeição em conjunto. Deste modo, e apesar de já não acreditarmos muito em espíritos maus, continuamos ainda hoje em dia, pela força da tradição, a fazer uma festa com aqueles que nos são mais próximos, recheada de comida e presentes, sem esquecer o bolo de aniversário com as velas.
Atualmente, as festas de aniversário servem para celebrar mais um ano de vida de forma alegre e divertida.
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