Hoje há gazeta… Diz adeus à chupeta! – Dicas para deixar a chucha
Chuchar (quer seja no dedo ou na chucha) cumpre uma função importante no desenvolvimento das crianças e na sua organização emocional, funcionando como uma estratégia de se auto-reconfortarem, de se tranquilizarem e de conseguirem regular-se quando estão ansiosas e assustadas. Esta gestão das suas emoções sem recorrer à ajuda de um adulto significativo, representa uma passo importante rumo à sua autonomia e desenvolvimento. Para a criança, a chucha é uma companhia, transmite-lhe conforto e tranquilidade em momentos em que está cansada, triste, nervosa ou amedrontada, pelo que deixar a chucha pode ser um processo difícil para a criança. E, naturalmente, também para os pais.
Sabia que…
A sucção é um acto instintivo nas crianças. Mesmo durante a gestação, o feto já leva o dedo à boca e chucha, preparando-se assim para uma prática que, após o nascimento, lhe permitirá alimentar-se e sobreviver. Desde o nascimento e até por volta dos 18 meses, a criança relaciona-se com o mundo exterior, essencialmente, através da boca. Este é o órgão mais importante do seu corpo e é através da boca que o bebé estabelece uma relação de intimidade com a mãe durante a amamentação. Neste sentido, a sucção proporciona conforto emocional, e a amamentação colmata não só as necessidades nutritivas, mas também as necessidades psicológicas e emocionais.
Tem vindo a ser demonstrado que a chupeta parece interferir com a amamentação, pelo que só deve ser oferecida ao bebé quando este já aprendeu a mamar bem e a mãe já se encontra inteiramente confiante na amamentação. A partir desse momento, a utilização da chupeta comporta vários benefícios, nomeadamente ser uma fonte de segurança e de conforto, facilitar a sucção e o aleitamento, facilitar a digestão e fortalecer a musculatura oral. Não há uma idade certa para a criança deixar a chucha, mas o momento pode ser facilitado pelos pais, recorrendo a algumas das estratégias que lhe propomos.
O que deve evitar?
- Deve evitar ao máximo censurar, ridicularizar ou fazer comentários negativos sobre a criança (por exemplo, chamando-lhe “bebé”). As chamadas de atenção frequentes centram a criança no problema e não nas soluções, tornando mais difícil deixar a chucha.
- Atribuir demasiada importância ao comportamento. Em vez de pedir insistentemente para que tire a chupeta, proponha à criança que lhe mostre o sorriso ou para poder perceber claramente o que ela lhe diz.
- Utilizar métodos drásticos (como a colocação de substâncias amargas na chupeta) para a criança deixar a chucha.
O que deve fazer?
- Começar a restringir o seu uso: proponha-lhe colocar a chupeta num determinado lugar e só a usar quando for muito necessário (quando estiver mais triste, doente ou assustada). Outra estratégia é propor à criança fazerem uma cama para a chucha, com uma caixa de fósforos por exemplo, e deixá-la ao lado da criança enquanto dorme.
- Substituir o sentimento de conforto e segurança do chuchar por outros rituais rítmicos (como adormecer com música clássica), que poderão ajudar a criança a acalmar-se.
- Se a criança recorre à chucha quando está entediada, ofereça-lhe alguma actividade mais interessante para distraí-la, tal como folhear um livro.
- Se a criança tende a colocar a chucha quando está preocupada ou assustada, ajude-a a explicar o que está a sentir. Faça-lhe perguntas para perceber o que se passa e conforte-a com beijos e abraços.
- Estabelecer uma data com a criança (por exemplo, o seu aniversário) para deixar a chucha.
- Dirigir a atenção da criança para outras actividades, sublinhando que estas já são para meninos crescidos.
- Elogiar sempre a criança pelas suas tentativas e eventualmente recompensá-la, preferindo sempre as recompensas sociais (como mimos, brincadeiras e actividades) em vez dos bens materiais.

DEIXE UM COMENTÁRIO