Quais as implicações do novo mercado de trabalho?
Numa época marcada pelo desemprego, o trabalhador mesmo no caso de quadros, age de forma ingénua e, quando não está preparado para o novo mercado de trabalho, acaba por actuar de forma um pouco prejudicial.
É o caso de quadros “over qualified” não saberem fazer o próprio currículo nem prepararem-se para uma entrevista.
Acontece, uma vez que alguns destes trabalhadores que estavam efectivos nas empresas ao estarem agora sem trabalho, não sabem como adaptar-se às novas exigências do mercado de trabalho.
Há que ser flexível à mudança e saber adaptar-se com naturalidade para desempenhar diversas funções relacionadas com a área de formação e não só; pois o mercado de trabalho assim o exige.
Está-se num tempo, em que sermos ensinados para fazer a mesma actividade e não diversificá-la, É Passado!
Tudo isso mudou! Mas como?
No caso da Mulher, esta é mais corajosa ao tentar uma actividade completamente diferente, talvez pelo sentido de vida e sobrevida que a maternidade lhe confere. Além disso, a sua formação menos rígida (vive-se numa sociedade machista) torna-a mais flexível e polivalente perante o mercado de trabalho actual.
O trabalhador actual acredita que os vários adereços que as empresas lhes conferem lhe proporcionam benefícios tais como: passar na frente na fila do check-in, ter preferência na fila do restaurante, o cheque especial do banco, o carro, o cartão de crédito, enfim, uma série de credenciais que lhes dão passagem automática e que lhes facilitam a vida.
Estes benefícios sociais são um mal necessário. O ideal seria que o funcionário recebesse aquilo que lhe é de direito integralmente, e que tivesse maturidade e autonomia suficientes para dispor desse salário da forma que achasse mais conveniente.
O que mudar na mentalidade das empresas e trabalhadores no actual mercado de trabalho?
Para mudar a relação de dependência (empresa versus trabalhador e vice-versa), há que mudar as mentalidades das empresas e também das pessoas que nelas trabalham de modo a adaptarem a sua mentalidade e actuação no mercado de trabalho em que se inserem.
Existe um conformismo e uma quietude face também ao medo imposto nas sociedades actuais.
O funcionário precisa de entender que a empresa é apenas um momento na sua vida, e não o ponto de chegada que dura para a vida.
Por outro lado, a empresa deveria perceber que o trabalhador convicto não pode dispor de tudo a que ele tem de melhor: melhor capacidade de raciocínio, melhor disposição, de visão, melhor sorriso e muito menos exigir que este passe a pensar, agir e falar como um “robô” .
A empresa não é família!
O civismo tem de ser diferente do aspecto empresarial porque o funcionário não tem de ser fiel e profissional só porque está no “team da casa”, porque “vestiu a camisola da empresa”, ele deve ser ético porque, como profissional, tem de se ser ético, curioso, em constante reciclagem, tanto existencial quanto operacional e, enquanto profissional ele está apenas oferecendo o potencial profissional para a empresa X que se insere num determinado mercado de trabalho.
Há que manter a sua própria identidade (existir uma relação adulta e independente face à empresa), para o trabalho ser mais valorizado na sua participação e assim, melhor será o incentivo oferecido ao trabalhador.
Ana Johnson says
Ana, achei o teu artigo muito interessante e muito bem escrito:
conseguiste transmitir a tua mensagem de forma límpida concisa e straight to the point.
Vou reenviar a mais amigos agora mesmo.
Obrigada Ana.
És valente tu!
: )
bjs da Margarida.
Ana de Mira Coelho says
Obrigada, Amiga! 🙂