A adolescência é a transição da infância para a fase adulta. Tal processo desencadeia algumas transformações corporais e psicológicas. A jovem procura mais liberdade e independência, podendo entrar em conflito com a família e os amigos.
Numa fase cheia de incertezas, começam a surgir os primeiros relacionamentos amorosos. O papel dos pais é determinante para que uma paixoneta não dê origem a uma gravidez indesejada e não planeada.
Ao engravidar a jovem vai enfrentar um dos momentos mais difíceis da sua vida e entrar em conflito com a sociedade e consigo mesma. Uma menina que está em constantes transformações físicas e psicológicas não se encontra preparada para uma gestação. Mas se ela não está preparada para ser mãe, o namorado também não consegue assumir a responsabilidade de ser pai.
Quando descobre que está grávida, a adolescente pode rejeitar a chegada de um bebé e procurar um hospital para realizar um aborto, uma vez que esta prática está legalizada no nosso país.
O papel dos progenitores na adolescência
Para evitar uma gravidez indesejada é necessário existir confiança mútua no ambiente familiar. Os pais devem conversar com a adolescente, fornecerem-lhe a informação sobre os métodos contracetivos existentes e desmistificar ideias previamente preconcebidas. É importante referir que o preservativo não serve só para prevenir a gravidez, mas também para evitar doenças sexualmente transmissíveis.
Uma gravidez, mesmo que indesejada, exige cuidados para preservar a saúde da mãe e do bebé. As adolescentes estão mais expostas a problemas na sequência da gestação, uma vez que, o seu organismo se encontra em desenvolvimento. Para evitar complicações, é necessário uma assistência médica o mais rápido possível.
Consequência de uma gravidez indesejada
Ao desenvolver um embrião dentro do seu corpo, a jovem vai sofrer algumas alterações a nível psicológico e fisiológico. As alterações provocadas pela gravidez têm maior impacto nos jovens, com graves consequências para toda a família.
Para uma jovem com menos de 15 anos, a gravidez requer cuidados médicos especiais. Se a adolescente tiver entre os 15 e os 19 anos, a idade só por si é um fator de risco. Em muitos casos as famílias sofrem de carências socioeconómicas e a jovem não estão preparadas emocionalmente nem tão pouco financeiramente para uma responsabilidade de tamanha dimensão.
A pressão sobre a jovem aumenta com o passar dos meses, o que a leva a deixar a escola e a colocar de lado os planos que tem para o seu futuro. As jovens mães ficam frustradas e sem saber que rumo tomar. Muitas vezes fazem abortos, saem da casa dos pais ou abandonam a criança.
Pedir ajuda aos pais ou a amigos torna-se muito difícil, devido à vergonha que a jovem sente, no entanto, negar a gravidez ou ignorá-la pode tornar as coisas mais difíceis. O mais importante é compreender as transformações que o corpo vai sofrer, expor as dúvidas e desabafar. Seja qual for a decisão que tomar, o primeiro passo é agir.
O que fazer quando a sua filha rejeita a gravidez?
Um aborto na adolescência vai trazer um grande impacto na vida da jovem. Há jovens que optam por ter o bebé, mas a maior arte prefere recorrer à interrupção voluntária da gravidez.
Há vários fatores a ter em conta na hora de tomar a decisão, pois esta pode trazer grandes implicações para a sua vida futura. Interromper uma gravidez aumenta a probabilidade de ter cancro da mama, doenças inflamatórias, hepatite viral e depressão. Uma hemorragia ou outras complicações durante o processo podem causar a morte da adolescente.
Em Portugal o aborto não é um tema tabu e encontra-se legalizado. Antes de tomar uma decisão, aconselhe-se com o seu médico, procure um psicólogo e decida se quer mesmo interromper a gravidez. Tomar a decisão acertada pode salvar-lhe a vida.
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