Os novos desempregados!
Agravando a grande crise de desemprego que grassa em Portugal, e que promete crescer em 2014, surgiram nos últimos dois meses cerca de 30 mil novos desempregados, maioritariamente políticos. O número destes casos tem vindo a aumentar de dia para dia lançando sobre o futuro do País um espectro de desespero muito mais profundo do que Governo, FMI e Troika tinham previsto para 2014. Como se já não bastasse a gravidade da perda de emprego, estes cerca de três dezenas de milhar de pessoas não têm direito a subsídio de qualquer espécie por parte das entidades responsáveis. A aliar a uma forte tendência para o aumento destes números, um dos problemas mais sérios é que estes novos desempregados terão sentido sérias dificuldades para se registarem nessa condição nos centros de emprego das respectivas áreas de residência. Esta cifra de novos desempregados advém apenas dos professores que ficaram sem colocação para 2014 e que, por força das circunstâncias, optaram por seguir uma nova carreira. Para isso, ter-se-ão inscrito como militantes nos mais diversos partidos da sociedade portuguesa, passando-se a declarar em vez de professores por colocar, políticos com colocação defeituosa. Tal como no ensino na actual carreira sentem grandes dificuldades de colocação e, pior, sem reconhecimentos de mérito, alguns viram até recusados pedidos de equivalência a certas disciplinas.
Formação profissional equacionada
Devido às dificuldades de enquadramento na nova carreira de políticos, haverá decisores a equacionar a hipótese de lançar um curso de formação profissional na área da política, na rede dos politécnicos do País. Politécnicos que, como se sabe, se debatem com a questão de soluções alternativas às dezenas de cursos que não registaram qualquer inscrição, terão regozijado com esta nova possibilidade e terão garantido que estará em equação a conversão da Assembleia da República num pólo especializado em regime de excepção. Haverá, alegadamente, quem diga que um dos maiores óbice à concretização deste alegado inovador projecto é a qualificação dos professores. E para tornar esta questão mais grave, a ponto de a colocar seriamente em risco, e apesar dos esforços que alegadamente foram envidados por entidades portuguesas junto do Parlamento Europeu, ter-se-à formado um onda de contestação a este plano português nos corredores de Bruxelas. Uma réstia de esperança estará agora depositada numa campanha lançada anonimamente em prol da proposta portuguesa que terá gerando uma crescente onda favorável, que terá sido baseada no incontornável argumento de que com actual e próximas gerações de políticos as possibilidades de Portugal se aproximar do verdadeiro mundo ocidental são praticamente nulas.
Novos desempregados políticos de olho na AG

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