Escola de mergulho em Lisboa (e no resto do país): um fenómeno em crescimento
Quer seja pela sua localização, quer seja pela História repleta de descobertas marítimas, é certo que Portugal é um país eminentemente ligado ao meio aquático, uma qualidade nacional que se tem destacado cada vez mais, nos últimos anos. Afinal, tem surgido uma série de centros de mergulho um pouco por todo o país (é raro não encontrar uma escola de mergulho em Lisboa, por exemplo). Só para ter uma ideia, na década de 90, existia apenas meia dúzia de instituições de ensino de mergulho, enquanto, actualmente, há quase 150.
O que justifica o aparecimento de inúmeros centros de mergulho no nosso país? Em primeiro lugar, o surgimento de agências internacionais de certificação possibilitou a democratização do ensino da modalidade, o que facilitou o desenvolvimento de tanta escola de mergulho em Lisboa. Por outro lado, tem-se assistido a um progressivo aumento da procura, devido ao crescente interesse no ambiente e no turismo de natureza, nomeadamente no começo do século XXI.
De resto, o nosso país suscita um interesse peculiar a todos os amantes de mergulho. É que, na área da biodiversidade marinha, Portugal tem uma vasta gama de atracções que o coloca no mapa mundial em relação a certas espécies.
Vejamos o caso da Ria Formosa, no Algarve, que tem a maior comunidade de cavalos-marinhos de focinho comprido (designados cientificamente de Hippocampus Guttulatus) do Mar Mediterrâneo, única zona onde ocorre a espécie. Basta um único mergulho, cuja profundidade média ronda os cinco metros, para ser possível ver mais de uma centena de exemplares, entre outras espécies de flora e de fauna.
A lembrar ainda que a costa portuguesa tem um património cultural e histórico subaquático de elevado interesse, o que atrai, principalmente, muitos mergulhadores interessados em naufrágios. Aliás, o inventário nacional, iniciado em 1984, documenta que existe mais de 9000 registos relativos a navios naufragados e artefactos encontrados no fundo do mar.
Como a crise tem afectado o ensino do mergulho em Portugal?
O aumento do número de instituições de ensino desta modalidade é um factor determinante para que qualquer escola de mergulho em Lisboa, por exemplo, tenha sofrido alguma queda na procura pelos cursos. Porém, os efeitos da actual crise económica que assola Portugal e o mundo também contribuem para essa descida.
Realmente, quem opta por um curso numa escola de mergulho em Lisboa (e no resto do país) pode sentir que o investimento inicial pesa imenso na carteira. Afinal, esta formação custa, em média, 300 a 400 euros (em termos de nível básico) e o equipamento completo, que inclui fato, regulador, colete, barbatanas, computador entre outros acessórios, pode originar gastos que superam os 1000 euros, dependendo dos materiais e das marcas.
Fonte: Público