Ensino à distância – uma inovação com história…
Ao ouvirmos falar em ensino à distância a terminologia pode levar-nos erroneamente a pensar que se trata de uma metodologia recente. Já no século XIX, no Reino Unido, foi criado o primeiro curso por correspondência. Obviamente que o imediatismo na informação e as tecnologias disponíveis eram extremamente mais limitadas, no entanto, a preocupação de viabilizar e permitir uma formação não presencial já inquietava o Homem. O propósito seria facilitar o processo educativo e formativo das pessoas que se encontravam longe dos grandes centros, onde a formação presencial era facilitada pela existência de instituições de ensino de relevo. Um propósito que também nos dias de hoje faz todo o sentido…
Elearning vs Ensino presencial
O ensino à distância sofreu uma grande evolução ao longo dos tempos em muito motivado pelas diferentes tecnologias disponibilizadas para levar a efeito o processo educativo. O elearning, que atualmente encontra-se bastante em voga devido à crescente difusão da internet e à rapidez e diversidade comunicativa que ela oferece. Uma análise rápida sobre as diferenças entre o elearning e o ensino presencial permite-nos perceber que enquanto que o ensino presencial assenta muito nas perspetivas e conceções educativas do professor, o elearning é desenvolvido através do desenho instrucional do curso que deverá ser elaborado tendo por base os destinatários e o objetivo da formação. Por outro lado, o elearning faculta uma flexibilidade de horários e de localização que o regime presencial não permite. Atualmente os cursos em regime de elearning são bastante estandardizados enquanto que o ensino presencial permite ao professor uma maior flexibilidade e adaptabilidade do processo de ensino-aprendizagem.
O futuro do elearning…
Como percebemos anteriormente, uma das limitações do elearning é a pouca flexibilidade que oferece os seus cursos, no entanto, já existe um conjunto de empresas e estudiosos a desenvolverem ferramentas e estratégias que promoverão o ensino adaptativo. Esta nova corrente permitirá ao utilizador/aluno criar um percurso individualizado e adaptado de aprendizagem, em que a plataforma sugerirá percursos formativos e estratégias de remediação e superação caso o aproveitamento não seja o desejado. Esta tentativa de “humanização” e adaptabilidade do ensino mediado pela internet poderá ser um desenvolvimento crucial para a sua implementação mais consensual e global. Não é de estranhar o investimento crescente nesta áreas de negócio, uma vez que o elearning pode ser um elemento facilitador de educação e formação nos países menos desenvolvidos, onde o capital humano não tem elevados índices de formação, mas que têm capital económico para adquirirem as tecnologias facilitadoras deste processo educativo e formativo. Em Portugal temos algumas instituições que demonstram a qualidade e fiabilidade do ensino à distância, com particular destaque para a Universidade Aberta que desde 1988 é a única instituição pública de ensino superior à distância. No entanto, por todo o mundo, de forma a universalizar e tornar a educação livre, vão surgindo plataformas que permitem a frequência gratuita de cursos, sendo muitos deles de elevadíssima qualidade, alguns exemplos são a Inversity, Coursera, SyMind, entre muitos outros… Segue um vídeo (um pouco extenso) que mostra a grandeza que o e-learning pode atingir:
Fonte: Khan Academy


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