Vivemos na era do consumo rápido. E não só de produtos. As pessoas têm pressa de viver as suas vidas e, por consequência, assistimos a uma mudança gritante nos hábitos de vida das faixas etárias mais jovens.
Muita coisa tem sido acelerada no crescimento das crianças de hoje em dia. Crianças de 3 anos que antes brincavam com bonecos hoje brincam com tablets. Aos 13, 14 anos já começam a saír à noite para festas longe do controlo dos pais. E esse é um problema da sociedade actual. A era da informação criou uma geração com vontade de viver tudo muito rápido. Os efeitos desta tendência serão apurados no futuro.
De facto, o consumo de álcool entre os jovens é preocupante. A primeira experiência chega cada vez mais cedo e a proporção da bebida ingerida também aumenta muito e demasiado cedo. Segundo um estudo de 2011, 37.3% dos alunos de 13 anos inquiridos revelaram já ter experimentado álcool, dos quais 8% assumiu ter apanhado a chamada “bebedeira”.
O consumo de álcool tão madrugador é especialmente prejudicial à saúde em idades mais jovens. O consumo exagerado é potencial fonte causadora de problemas de coração ou fígado, por exemplo. Mas há ainda outra consequência que advém do consumo de álcool prematuro.
A necessidade de ser social e fazer boa figura em frente aos amigos leva à primeira experiência com álcool em muitos casos. Rapidamente se passa da cerveja para as bebidas brancas e a facilidade com que o processo acontece (e o estado de graça com que o jovem fica no grupo) leva a crer que não virão problemas dessa prática. No entanto, o álcool muitas vezes ajuda a levar a outro tipo de experiências como o tabaco ou as drogas.
Mais uma vez no caso do tabaco e das drogas o factor “popularidade” tem grande peso. No “duro” mundo dos jovens, os comportamentos de risco são encarados muitas vezes como uma forma de marcar uma posição. No entanto, como o próprio nome indica o risco está sempre inerente. Para além dos perigos para a saúde e de adição ao vício, há a considerar outro tipo de perigos físicos. Infelizmente, não poucas vezes o abuso de substâncias alcoólicas e outras resultam em acontecimentos tristes e algumas vezes, irreversíveis.
Posto isto, na era da informação em que vivemos talvez falte… formação. Será plausível afirmar que os jovens sabem dos riscos que correm ao entrarem neste tipo de comportamentos de risco. No entanto, faltará consciencialização. Ter alguém que lhes mostre o quão real é o perigo e a realidade de que os acidentes não acontecem só aos outros. Este será certamente um trabalho a ser levado a cabo pelas escolas, pondo de lado o estigma de que o consumo de álcool nestas idades tão jovens é errado e aceitando uma dura realidade que existe.
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