Ah os animais! De manhã quando acordamos na sua companhia o nosso mundo transforma-se. Gatos, cães, peixes, todos eles reflectem o nosso lado mais puro, a nossa forma mais primitiva de mostrar afecto pelos que sempre nos acompanharam ao longo da história da humanidade. Uma parceria que revolucionou a forma como nos ligamos à natureza. Uma espantosa combinação de características sociais, humanas e animais, revelando aquilo que melhor há em cada um de nós.
Quando chegamos a casa estafados de um dia de trabalho são eles que nos esperam, ansiosos por algumas festas e que cuidemos deles, mas prontos para dar muito mais em troca. Um relação recíproca que nos faz sentir confortáveis e muitas vezes amparados. Porque a nossa casa é também a casa deles e um miar, um ladrar ou mesmo um chilrear faz com que algo na nossa alma revele alguma coisa que nunca pensámos existir. Uma questão metafísica, que nunca iremos conseguir explicar na sua totalidade, mas que nos atrai e nos remete para um universo de emoções dogmáticas.
No http://www.ocantinhodamilu.com/ encontrei esta paz de espírito, ao cuidar de cada animal como se fosse meu e ao dar-lhe uma qualidade de vida melhor, esperando que um dono carinhoso o adopte para um local onde se sinta satisfeito e protegido.
Gosto de pensar que cada um deles tem a sua própria forma de pensar e ver o mundo, a sua própria personalidade. Uma maneira muito peculiar, que é única e que compartilham connosco no seu dia-a-dia, abrindo o seu mundo ao nosso, assim como nós ao deles.
Com dois gatos em casa, deixo o meu pensamento voar sobre cada escritor que também os teve. Uma companhia felina e invisível muitas vezes, mas sempre pronta para uma pausa para brincar ou um ronronar ao passarmos a mão pelo seu pelagem (facto ainda não conseguido explicar pelos melhores especialistas e entendidos na matéria). Olhando para o teclado de forma intrigante também eles parecem querer pôr a pata nas teclas e escrever o que lhes vai alma.
Eu tento ler-lhes os pensamentos! O que irá naquelas cabeças felpudas? Com duas orelhas que parecem radares e ao mais pequeno movimento se sincronizam com o mundo exterior. Ninguém sabe. Podemos apenas imaginar, assim como eles imaginam e sonham tremelicando os bigodes de forma curiosa enquanto dormem.

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