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A poluição dos recursos hídricos: efeitos e fontes de poluição

10 de April de 2019 by Noémia Santos Leave a Comment

poluição dos rios

 

 

 

 

Existem várias formas de poluição que actualmente ameaçam o planeta terra e a nossa qualidade de vida, contudo, a poluição das águas é uma das mais preocupantes e que ameaça a própria sobrevivência dos seres vivos.

A poluição da água consiste na contaminação desta por elementos possivelmente nocivos a organismos, plantas e seres humanos.

Os diferentes poluentes dos meios aquáticos têm vários efeitos. As substâncias poluentes modificam as características do meio aquático, alterando as relações entre organismos produtores e organismos consumidores, o que pode causar danos e mesmo a morte aos organismos consumidores que necessitam de oxigénio na sua respiração e não o obtém.

Isto pode também originar o desenvolvimento de algas e organismos que, por sua vez, produzem substâncias tóxicas que poderão ser absorvidas pelos organismos que entram na cadeia alimentar, causando então danos ao ser humano. Este fenómeno designa-se hipoxia.

A transmissão de doenças é também um dos muitos efeitos nefastos da poluição. Doenças como a febre tifóide, disenteria, meningite, cólera, e hepatites A e B poderão ser directamente transmitidas pela água poluída.

A escassez de água (um risco consequente da poluição) é também responsável pelo possível desenvolvimento de doenças como a lepra, tuberculose, tétano e difteria.

As águas poluídas por efluentes líquidos industriais podem também originar a contaminação por metais pesados, causadora de tumores hepáticos e de tiróide, rinites, problemas neurológicos, pulmonares, gastrointestinais e hepáticos, dermatoses. A contaminação por mercúrio (também derivada da poluição das águas) é uma das causas da diarreia sanguinolenta e anúria.

Os rios portugueses apresentam valores alarmantes no que toca a estas substâncias. Alguns dos rios mais poluídos são o rio Douro, o rio Tejo e o rio Mondego, entre muitos outros.

Rio Douro:

Nasce em Espanha, na província de Sória, a 2080 metros de altitude e a travessa o norte de Portugal. O rio Douro apresenta uma situação preocupante visto que o nível de poluição é bastante alarmante. Os níveis de contaminação crescem ano após ano, não apresentando melhorias mesmo com o desenvolvimento das estações de tratamento de águas residuais (ETAR). São os esgotos o principal responsável pelo nível de poluição existente.

Rio Tejo:

É o maior rio da Península Ibérica e tem também a bacia hidrográfica mais extensa. Nasce em Espanha, na Serra de Albarracin, a 1593 metros de altitude e desagua no Oceano Atlântico. Tem um caudal de cerca de 1007 Kms.

Os esgotos são também, no rio Tejo, um dos principais responsáveis pela poluição. As saídas dos esgotos criam vários focos de poluição em vários pontos do rio mas o mais preocupante incide nas Docas de Santo Amaro, em Alcântara.

A Espanha também está a canalizar os seus esgotos, provenientes de Madrid, para o rio Tejo.

Rio Mondego:

Nasce na Serra da Estrela, no concelho de Gouveia, a cerca de 1425 metros de altitude.

Como noutros rios, os níveis de poluição orgânica estão também acima da média e com tendência a aumentar. O rio Mondego faz parte da lista das 200 zonas aquáticas em que falta oxigénio, sendo consideradas “zonas mortas”.

Nestes e noutros rios, estudos indicam a existência de uma grande variedade de poluentes emergentes, provenientes de produtos como fármacos, produtos de higiene pessoal, retardantes de chama, surfactantes e metabolitos, aditivos industriais, hormonas esteróides, aditivos de gasolina, pesticidas, etc.

As principais fontes de poluição ambiental são os produtos de utilização doméstica, efluentes hospitalares, armazenamento em fossas sépticas, lamas (com fertilizantes de solos), libertação directa de produtos para águas superficiais, efluentes industriais, aterros sanitários, utilização de medicamentos em aquacultura, efluentes de actividades ilícitas e transporte/bioacumulação ambiental.

Várias medidas têm sido tomadas no sentido de evitar e remediar a poluição dos rios, contudo o aumento do consumismo, a produção desenfreada, o despejo de todo o tipo de substâncias nos rios, entre outros factores, impedem o sucesso destas medidas. É urgente a consciencialização e a adopção de outras medidas de combate à poluição e de prevenção da mesma.

Filed Under: TRATAMENTO RESÍDUOS Tagged With: Agência Portuguesa do Ambiente, água, águas subterrâneas, águas superficiais, Ambiente, descontaminação, ecossistema, efluentes, esgotos, indústria, mar, oceano, planta, poluentes, poluição, poluição ambiental, Prevenção, resíduos perigosos, saneamento básico, saúde pública, tendência, tratamento de água, tratamento de águas residuais

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