Porque valorizar e optimizar resíduos é preciso
O que fazer, por exemplo, com resíduos de madeira? A valorização e optimização dos produtos fabricados constituem um desafio constante e um factor de importância crucial para a competitividade das empresas. Juntar as fibras e produzir placas ou painéis de aglomerado é uma solução.
Em que consiste o processo de aglomeração de fibras de madeira?
Esta espécie de reciclagem de resíduos de madeira consiste numa impregnação e/ou pulverização das fibras com um pré-polímero de polibutadieno – um agente de reticulação e, eventualmente, um catalisador para a obtenção de placas de aglomerado de fibras. Como o sistema aglomerante utilizado no processo é isento de formaldeído constitui, assim, uma alternativa aos actuais processos que utilizam aglomerantes à base de formaldeído e há cumprimento dos mais exigentes critérios ambientais. Boa?
Mais explicadinho ao de leve
Este processo visa a produção de placas de aglomerado de fibras de madeira de diferentes densidades como, por exemplo, placas de média densidade (MDF) e placas de elevada densidade (HDF) com melhores propriedades físicas e mecânicas que se traduzem num produto de melhor qualidade e que, adicionalmente, permite obter placas de qualidade padrão independentemente da natureza dos resíduos de madeira – sejam as fibras de folhosas ou de resinosas.
Descrição Geral do processo de transformação de resíduos de madeira
Neste processo de transformação de resíduos de madeira, selecciona-se o pré-polímero de polibutadieno devido à sua capacidade de se distribuir por extensas superfícies e de permitir a sua pulverização e/ou formação de um aerossol que possibilita a criação de uma atmosfera saturada neste pré-polímero.
Na realidade, a impregnação de fibras de madeira com o aglomerante é uma etapa fundamental do processo de produção de painéis de aglomerado de fibras, devido ao conjunto de fibras representar uma vasta superfície a aglomerar e ao facto de as fibras tenderem, facilmente, a formar pequenos emaranhados ou “novelos” que impedem uma impregnação eficiente de todas as fibras.
Na verdade, um processo de mistura em qualquer misturadora industrial como, por exemplo, misturadoras horizontais ou verticais de pás, hélices ou hastes, revela-se ineficiente quer pela grande dificuldade de funcionamento das misturadoras, devido à formação de emaranhados e novelos de fibras no interior da misturadora, quer pela (consequente) distribuição muito heterogénea do aglomerante nas fibras. Mas com este processo isso não acontece!
Resultados excelentes
Um processo alternativo ao processo de mistura tradicional, que consiste numa impregnação das fibras, de modo a obter-se uma distribuição homogénea do aglomerante, produz excelentes resultados. Após uma fase bem sucedida de impregnação das fibras, com o pré-polímero, será necessário promover uma reacção química de polimerização que permita fazer a ligação das várias cadeias do pré-polímero, de modo a obter-se um polímero final sólido que promova a eficiente aglomeração das fibras.
O produto do processo de aglomeração dos resíduos de madeira, as fibras, pode, assim, ser obtido das seguintes formas:
- Em linha de produção contínua num sistema integrado de impregnação e/ou pulverização do aglomerante, prensagem e corte com controlo de temperatura;
- Em linha de produção descontínua que inclui as fases de impregnação e/ou pulverização e prensagem com controlo de temperatura;
- Em linha de produção descontínua num sistema individual de impregnação, deposição em molde, prensagem em molde, colocação em estufa e desmoldagem.

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