Está numa de anho assado com arroz de forno?
Marco de Canaveses é o sítio certo, pois claro, em sabores típicos sem ser de ocasião. Anho assado com arroz de forno, fatias do freixo e o vinho verde, são presenças assíduas na ementa dos restaurantes da terra que se esforça por dinamizar a Rota dos Vinhos do Marco e dos restaurantes concelhios.
Saia de manhã cedo
Para conhecer e deliciar-se com os encantos do palato do Marco de Canavezes e, já que está pela cidade, aproveite também para visitar a Igreja de Santa Maria, da autoria de Siza Vieira, e a cidade romana de Tongobriga. É um apreciador de musica tradicional? Mais uma razão para ir, já que a autarquia promove inúmeros eventos.
Topónimo sem véu
De onde surgiu o nome desta linda cidade que é Marco de Canavezes é o que passo a explicar. Pela abundância, de outros tempos, de cânhamo na região terá surgido Canavezes, plural de canavês que é cânhamo, em alusão à sua cultura. E Marco? Diz-se, eu não estou cá para inventar a não ser sentidos, terá derivado de uma marca de pedra, divisória das freguesias de Fornos, de S. Nicolau e de Tuias.
Uma outra explicação para o topónimo tem origem numa lenda. Conta-se que a rainha D. Mafalda teria passado pelas obras da ponte que mandara construir e, cheiinha de sede, pediu água aos pedreiros. Como o acesso ao rio era muito difícil, um deles, delicadíssimo, ofereceu uma cana para que a rainha bebesse directamente do rio. A rainha, ao devolvê-la, terá dito “Guardai-a porque a cana é boa às vezes”: eis a minha tão querida oralidade a tomar conta da língua.
(agora até dá vontade de lembrar Saramago. mas adiante.)
Resquícios históricos em Marco de Canavezes
Remonta a épocas bastante recuadas o povoamento do território a que corresponde o actual concelho do Marco de Canaveses. Foram encontrados importantes vestígios do período neolítico, nomeadamente alguns monumentos funerários. Do tempo da ocupação romana chegaram até nós, e aos nossos dias, os vestígios de Tongobriga – uma povoação romana de que restam as termas, o fórum, algumas zonas habitacionais e uma necrópole.
Mas falar da história do Concelho é tocar na história da velha vila de Canaveses. Mendo Gil terá sido, pelo que se conhece, o seu primeiro administrador. Entre 1255 e 1384, o senhorio pertenceu a D. Gonçalo Garcia e aos seus descendentes. Em 1384, D. João I deu-o a João Rodrigues Pereira, parente de Nuno Álvares e depois, já no reinado de D. João II, era posse da coroa, sendo um meirinho nomeado pelo rei que administrava e nomeava os juízes, procuradores e tabeliães. No século XIX, foi integrada no concelho de Soalhães e em meados do mesmo século, no de Marco.
O concelho do Marco de Canaveses foi, então, criado em 1852 por decreto de D. Maria II que anexava os concelhos de Benviver, Canaveses, Soalhães, Portocarreiro e parte dos de Gouveia e Santa Cruz de Riba Tâmega. A vila foi, finalmente, elevada a cidade do Marco de Canavezes em 1993.
Marco de Canavezes, tranquilo dormitório
Próxima do Grande Porto, serve de residência a muitos dos que procuram – tudo – a tranquilidade e a ruralidade perto da urbanidade.
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