O trabalho precário é uma realidade!
As condições existentes hoje em dia a nível do trabalho precário, tais como, a dificuldade em conseguir trabalho, salários baixos e a incerteza da duração do próprio contrato de trabalho, fazem com que cada vez mais se adiem as decisões de por exemplo: casar, ter o primeiro e muitas vezes o único filho de um casal, que sempre desejou ter estabilidade económica para realizar tudo o que idealizou para o futuro. Essa indefinição e incerteza, leva os jovens (e pessoas com mais idade) a procurar noutros países a solução para os problemas, que no país de origem não encontram a solução para os mesmos.
Será a emigração uma boa solução?

A emigração é a primeira opção que ocorre a quem está numa situação de trabalho precário. As ofertas bastante aliciantes no factor monetário, quase não fazem com que se pense duas vezes antes de tomar a decisão de sair para outras paragens. A decisão está tomada, o casal separa-se devido ao trabalho, vêem-se só nas alturas das festas (Natal, Páscoa e as tradicionais férias no verão, mas por curtos períodos de tempo), os filhos crescem sem a presença dos pais(com a presença mais notada da falta do pai ausente), a relação entre o marido e mulher, se não estiver sólida e falhar a confiança, acaba mais cedo ou mais tarde por ter como fim a separação. As necessidades sentimentais precisam de ser repostas para que haja um prefeito equilíbrio emocional, é nessa altura em que existe mais fragilidade que aparece alguém que preenche o vazio que havia, devido a uma separação forçada.
Por vezes existem perigos na procura de trabalho no estrangeiro!

Mas voltemos um pouco ao início, onde o membro masculino do casal decide procurar um lugar melhor para ganhar dinheiro e ter estabilidade, isto é, fugir ao trabalho precário. Nem sempre acaba por ser a decisão mais acertada, isto porque as promessas feitas pelas entidades empregadoras não passavam de mentiras. A realidade é diferente, as condições de estadia são más, o salário acaba por não ser aquele que era anunciado e muitas vezes trabalham meses e meses sem receber e quando isso acontece demoram muito tempo até que a entidade para a qual trabalhavam regularize a situação. No fundo não passam de estratégias de empresas que procuram ter lucro através do trabalho “escravo” de quem precisa de trabalhar para ter uma fonte de rendimento para fazer face às despesas do dia a dia.
Aquilo que no início era para ser uma saída para um futuro estável, tornou-se num pesadelo. O trabalho precário continuou, ficou sem o mesmo, sem os rendimentos aos quais tinha direito e ficou com um casamento desfeito, fruto da separação forçada e da ausência prolongada que levou a que alguém o “substituísse” no lugar que ocupava na relação, que tinha tudo para dar certo, mas as necessidades do ser humano muitas vezes não são compatíveis com prolongadas faltas de carinho, afecto e amor.
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